Autora: Kiera Cass
Editora: Seguinte
Nº de Páginas: 368
Resenha: A Seleção é o inicio da trilogia distópica da autora americana Kiera Cass.
A história em ambientada em um futuro onde os Estados Unidos deixou de existir e em seu lugar foi constituído Illéa. Uma monarquia onde a população é dividida por um sistema de castas que determinam suas profissões e consequentemente seu poder aquisitivo e grau de influência na sociedade. Tais castas variam de Um à Oito, sendo a primeira a realeza e a segunda o nível mais extremo de pobreza. Acontece que de tempos em tempos para as garotas de Illéa há a possibilidade de tornarem-se uma Um, ou seja, parte da realeza - casando com o príncipe.
Por que isso acontece? Bem, geralmente pensamos que a realeza casará somente com nobres para reafirmar ou criar alianças, mas no caso apresentado no livro isso se aplica somente às princesas, os príncipes deveriam se casar com uma plebeia. Essa plebeia passaria por um espécie de concurso, um reality show, concorrendo com outras candidatas de diversas castas - a Seleção.
America Singer é uma garota da casta Cinco, seu sobrenome faz alusão a profissão exercida por sua casta (Singer = Cantora) que está ligada às Artes. Ela vive um romance proibido com Aspen, um garoto da casta Seis, essa diferença entre as castas cria um problema enorme para a aceitação do relacionamento dos dois. Se envolver com alguém de uma casta inferior é algo que gerava muita burocracia para que houvesse tempo para uma desistência, ainda há o fato de que para uma garota casar-se com alguém de uma casta inferior está fora de cogitação já que ela passaria a pertencer a mesma casta que seu marido. Que pai aceitaria que sua filha enfrentasse uma vida ainda mais difícil?
Mas sonhar é de graça e America segue com a esperança de que eles podem alcançar esse sonho impossível. Eis que a Seleção entra na vida da garota, ela recebe uma carta pedindo que se inscreva e mesmo achando a ideia revoltante America se vê pressionada a fazer a tal inscrição. Acontece que por mais que sua mãe possa insistir nada seria capaz de fazê-la aceitar que a aquela competição toda seria para terminar em um casamento, onde estaria o amor do mesmo? Uma pequena correção: eu disse que nada seria capaz de convencê-la, mas há alguém. Aspen incentiva America a participar da inscrição que ocorreria em toda Illéa para escolher apenas 35 garotas e mesmo sem considerar a possibilidade de se escolhida ela se inscreve e no fim se vê entre as selecionadas para competir pelo coração do Príncipe Maxon ❤
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Trata-se de um livro incrível!
A protagonista possui uma energia tão contagiante... é tão teimosa e impulsiva que é muito difícil prever o que virá a seguir. Alguns me disseram que haviam ignorado o livro por se tratar de distopia e de encontrarmos muitas por aí, temendo ser algo repetitivo, garanto que Kiera conseguiu fazer desse livro muito mais do que só mais uma distopia.
Tive uma péssima experiência com o romance da última distopia que li, mas A Seleção deu uma facada no meu trauma recém adquirido porque o romance é tão instigante, é um gostinho de quero mais o tempo todo e fica difícil não se posicionar com relação a isso e não torcer por determinado personagem e ainda mais difícil não sentir aquela sensação
A final é inesperado e agradeço a Deus por ter lido a sequência, A Elite, no mesmo dia que A Seleção eu poderia ter morrido nesse intervalo de tempo. Agora me resta sofrer e aguardar o lançamento de The One.
PS: Acho que o mundo já sabe, mas repetir sempre é bom, sou Team Maxon.