A maioria das pessoas vive falando sobre coisas que devem ser melhoradas aqui e ali, mas a maioria delas esquece do principal: atitude. Isso foi algo que não faltou a Blake Ansari, que incomodado com uma realidade triste resolveu agir e transformá-la, mesmo que em uma escala pequena.
No fim do ano passado, Blake se pegou pensando sobre outras crianças de sua cidade, Nova York, e o quão diferente suas vidas eram, principalmente no que refere-se às crianças sem-teto. De acordo com relatório anual do Departamento de Habitação, 65 mil pessoas passam a noite em abrigos ou nas ruas – 22 mil delas são crianças, a cidade atingiu o maior número de sem-tetos desde a Grande Depressão em 1930.
Para que o menino entendesse melhor a questão e até mesmo se confortasse, sua mãe, Starita Boyce Ansari mostrou ao menino a história de uma garota que recentemente havia vencido tal adversidade. Segundo Starita, Blake se mostrou extremamente preocupado com o bem-estar das crianças que vivem em lugares de extrema precariedade e um detalhe chamou-lhe atenção...
"Isso significa que eles não têm uma biblioteca", Blake disse à sua mãe.
Blake queria que essas crianças tivessem uma e seu primeiro passo foi recolher livros com seus colegas de classe, com a ajuda de sua mãe seu alcance foi expandindo e o número de livros também. Eles conseguiram doações de amigos da familia, vizinhos e até mesmo do
Children's Museum of Manhattan e por fim reuniram 600 livros.
Os livros foram doados ao abrigo PATH, situado no Bronx e ainda não satisfeito o próximo objetivo de Blake é, assim que possível, montar uma biblioteca completa e, assim, continuar espalhando conhecimento.
Os livros podem parecer bem pouco pra quem vive em uma situação tão precária, mas a atitude do Blake foi muito além do que se espera de uma criança de 6 anos e até mesmo, do que se espera de adultos: ele se
importou.
“Os livros não matam a fome, não suprimem a miséria, não acabam com as desigualdades e com as injustiças do mundo, mas consolam as almas, e fazem-nas sonhar”. Olavo Bilac
Fontes:
Catraca Livre e
City Lab - The Atlantic